Assembleia decide proposta do Saúde Caixa

Assembleia decide proposta do Saúde Caixa

28/10/2021 0 Postado por: admin

A orientação é pela aprovação da proposta cuja votação começou às 08h:00 de hoje, dia 28/10 e vai até às 18h:00 de amanhã, dia 29/10. Essa é a recomendação das principais entidades representativas dos trabalhadores e aposentados da Caixa Econômica Federal.

A partir de janeiro 2022, o Saúde Caixa terá um novo modelo de gestão e custeio. A nova proposta, negociada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Caixa, mantém a assistência médica como plano referência, de autogestão por RH e com garantia da cobrança por grupo familiar. 

Mas é preciso antes aprovar. Os empregados do banco – da ativa e aposentados – decidem, em assembleia, o futuro do convênio médico. Para votar, os trabalhadores da base do Sindicato dos Bancários da Bahia devem acessar a matéria na página eletrônica do site e clicar no link https://assembleia.bancariosbahia.org.br/.

O Grupo de Trabalho Saúde Caixa foi o principal responsável pela construção de uma proposta que garantisse a manutenção da sustentabilidade e de princípios básicos da assistência à saúde dos empregados. Durante as negociações, rejeitou a aplicação da paridade, como a direção do banco queria. 

Referência

Um plano de referência, com cobertura nacional, o Saúde Caixa possui cobertura maior do que o rol de procedimentos obrigatórios previsto pela ANS (Agência Nacional de Saúde) – cobertura ambulatorial, hospitalar com obstetrícia e odontológica. Não há carência nem cobrança de franquias e tem benefícios como programas de prevenção (check-up) e de medicamentos. 

Entenda a nova proposta 

A proposta que será avaliada pelos empregados manteve o Saúde Caixa como autogestão por RH. Ou seja, que não tem fins lucrativos e é administrado pela própria empresa empregadora, o que torna o atendimento mais eficiente, por ser mais próximo da realidade e necessidade dos usuários. No caso do modelo de custeio, a proporção de contribuição dos trabalhadores é 30% e a participação do banco será limitada em 70% ou 6,5% da folha de pagamentos e proventos – o que for menor.

Todos os empregados, assim como os dependentes, têm direito de aderir ao plano de saúde e não existe carência para utilização. Outro benefício é o reembolso de 50 medicamentos especiais de uso contínuo, desde que não custeados ou oferecidos sem ônus pelo SUS. 

Sobre os custos, a proposta manteve a mensalidade correspondente a 3,5% da remuneração base para o titular do plano e 0,4% para cada dependente direto cadastrado no plano. Tudo limitado ao teto de 4,3% por titular. A mensalidade de 0,4% para cada dependente indireto, além de teto anual de R$ 3.600,00 por grupo familiar.

Vale destacar que o usuário paga 30% de coparticipação sobre o valor das despesas com a utilização do plano de cada procedimento, exceto em internações e tratamentos oncológicos. A franquia no pronto-atendimento é de R$ 75,00 (valor fixo) para consulta. 

Premissas mantidas 

Graças à resistência do movimento sindical, as principais premissas do Saúde Caixa estão asseguradas: mutualismo, solidariedade e pacto intergeracional. Tudo para manter o plano mais justo e viável a todos os empregados. 

Os usuários contribuem com pouco de recursos financeiros, que formam um volume de recursos mensalmente, através do princípio do mutualismo. Assim as despesas dos que fazem uso do plano são pagas. Existem despesas que um participante não conseguiria pagar isoladamente.

Já com o princípio da solidariedade, cobra-se um percentual sobre o salário de todos os usuários, de forma igualitária, permitindo que o índice descontado de um salário maior viabilize o custeio do plano de quem recebe menos.  Para manter um convênio equilibrado entre jovens (em maior quantidade/menos utilização) e idosos (menor quantidade/mais utilização), um pacto intergeracional é fundamental.